quarta-feira, dezembro 27, 2006

Da Guerra e da Nossa Defesa

Lá No Fim Do Mundo

Este hiato de tempo que parece não existir, embora existindo, do Natal ao Ano Novo, pro(e)voca a consciência das boçalidades do mundo deixando acontecer, como acontece, mais essa guerrinha de famélicos aidéticos, Etiópia x Somália, cristãos x muçulmanos, escravos americanos x escravos terroristas. Um jogo de nada contra nada envolvendo 90 milhões de miseráveis. Os que se salvarem da tragédia da guerra morrerão de inanição ou de Aids, todos com menos de 50 anos, que a vida é curta por lá. É como se cumprem os interesses do mundo ocidental que desconhece a África, reserva mal preservada para o momento da conveniente exploração. Sim, talvez pouco importe a nós o Chifre da África, suas girafas, rinocerontes, hipopótamos. E negros. Mas eles estão lá.

Continuaremos a não saber que a Etiópia, que já foi Abissínia, vem do início do mundo, já foi palco para outras aventuras guerreiras, italianas e inglesas, uma história enfim
reposta, quem sabe por susto, pelo imperador Halié Selassié, antes Ras Tafari (daí essa mania do cabelo rastafari que os jamaicanos souberam bem exportar), depois Leão de Judá – um descendente supostamente direto de Salomão feito por esse em noites de loucuras com a Rainha de Sabá -, Rei dos Reis, Niguse Negest ou apenas Négus (embora os títulos, não se pode chama-lo de um sujeito exemplar). Sim, há pompa por lá, maior do que a imaginada. Com sangue real da Casa de Davi, dizem.

A Etiópia me lembra um português, jornalista, Joaquim Rodrigues Matias, que trabalhou comigo. Ele foi o primeiro a entrevistar Hailé Selassié, já Imperador, em seu palácio real em meio aos leões, eunucos e uma atenta guarda pessoal. Tudo falado em aramaico, como era de Selassié, contando um passado romântico que nossa nada santa ignorância nos esconde. Ou um presente que pouco promete a essa triste África. Ora, ela está nos confins da terra!

Cadê a Defesa Aérea?

A mentirada oficial sobre o apagão aéreo, além do fato de que nunca antes na história do país houve tanta incompetência, burrice e desrespeito ao Cidadão, faz intuir que inexiste defesa do espaço aéreo brasileiro. Esta seria uma tarefa do tal sistema de Cindactas (1, 2, 3, 4), idealizadosegundo um conceito estratégico que deveria controlar, para valer, nosso espaço aéreo. Mas, como já foi demonstrado, ele é permeado de buracos negros, um queijo suíço dos céus, com operadores mal dormidos e equipamentos sucateados. Por isso contrabandistas e traficantes constroem pistas clandestinas pelo nosso interior e voam livres sobre grande parte do território. Se numa diarréia de coragem, Bolívia, Equador ou Paraguai inventasse de largar seus paulistinhas num ataque aéreo ao Brasil, nós só saberíamos disso no dia seguinte, supondo a inexistência de outras muitas mentiras... Voltando no tempo, lembro do porta-aviões Minas Gerais, sobra deteriorada de guerra enfim aposentada. Nosso litoral também está ao abandono.

Lá por 82, quando começaram a por em funcionamento os Cindacta, tive que visitar a unidade de Curitiba para acertar algumas fotos que iriam ser usadas em material publicitário. Tudo era mistério, exigiam-se necessárias autorizações de mil e um brigadeiros de plantão. Segredo de Estado, o Cindacta era guardado longe de todos os olhos. Vinte anos depois o sistema se apresenta na sua realidade: decadente, superado, ineficiente. Uma balela. O Contribuinte que se lixe, de todos os modos.

domingo, dezembro 17, 2006

Os meus abraços de Natal e Ano Novo

Esses dias, essas vésperas de Natal e Ano Novo, essas festas e festinhas... Me enchem o saco os tais amigos secretos as trocas de presentes as comidas sempre as mesmas comidas o indefectível perú e o porco de virada de ano que não se come frango ou outro animal que cisque para trás enquanto as mulheres devem lembrar de usar calcinhas amarelas – não sei porque, perdi a historia disso (enão poderiam simplesmente não usar?) Mas tudo bem, amigos, tudo bem Abicalaffe Adriano Affonso Alapont Alex Aneliza Arthur Arnaldo Avani um abraço, um abraço caloroso. Porque acredito que nos abraços pode mais residir a verdade do Natal, a passagem do afeto, a garantia da benquerença que olha para a frente e fala de coração Feliz Ano Novo Bárbara Bell Bellinaso Bernardi Bezerra (onde andas?) Boblopes entre outros bês valendo filhos na relação. São abraços em muitos casos definidos como Virtuais, remotamente presenciais, mas que não deixam de envolver saudade e afeto Carlão Cruz Carlos Carmenlucia Carroça Charles Cícero Ciro Cláudio Coelho Copstein Cotta Cristiano Diana Dico. As distâncias têm que ser quebradas de algum modo!... pela web, forma de atender a memória e repassar dias e dias conversas cafés discussões xingamentos sempre no bom sentido e com todo o respeito, que nos fizeram bem no momento Edgar Edu Eduardo Elgson Elígio Eliseu Eloy Emilio Emmanuel Epluna Erides Ernesto ErnyJr. Esperidião Fábio Fernando Flávia Freire... descubro que o povo que começa com “efe” ta pequeno no meu caderno de endereços. Mas a qualidade, deixem-me cair no lugar comum, supera a quantidade, realmente supera quando (re)vejo encontros que não cumprimos seja para uma visita um café ou um almoço Gagliastri Garciaja Gevilácio Gianni Gilson Giuseppe Graziani e até mesmo finalizar trabalhos que em aberto por falta de verba e decisão, um desespero na vida publicitária, coisas da rotina de clientes com quem a gente não deveria ter se metido; não o fizesse, como saber tal enredo inacabado? - mas não é o caso neste exato momento, ufa!, que, se envolve acidentalmente cliente, é cliente de boa cepa, de palavra e cumpridor ainda que não faça o que deveria, outro desespero de quem mexe nessas coisas de marketing e propaganda sem lembrar que o cliente é uma imensa e bem amarrada caixa preta, ora bolas! Mas eu volto aos abraços, dos quais me afastava e retomo os nomes Henrique Herval Humberto Isabel Ivan Janer João Joel Jorge Juk Júnior Lisboa Luciano Lúcio Luiz no meio dos quais até primos perdidos me dão um alô como me aparecem mais lá nos “pês” e todos me parecem gente fina, gente muito fina de vários cantos como esses Madruga Makoto Manzoli Marcel Marcelo Marcial Márcio Marco Margareth Maria - todas elas sejam quais forem os complementos - Mauro Mcgroupianos Mezzomo Miguel Miriam Moacir Molina Moraes aí incluindo quem me ensinou muito e bastante do negócio da propaganda depois de ter me aturado como foca de jornal, para mim épocas marcantes de que não pretendo me desfazer, tão cedo pelo menos e nem haveria razão disso. Continuo com os abraços Nerval Nicanor Norival Odone Odorico Oliva Pamplona Panela Paty Paulino Paulobro Paulo Persona certos desses surgidos na vida meio há pouco mas com belas belíssimas gratificações pelo conhecimento e essa sempre possibilidade de seguirmos fraternamente nos papos e numa construção de idéias, ainda que inaproveitáveis ou inúteis. Rafael Rafaella Regina Reinhold Renato Rettamozo Ricardo Robert Rodrigo Rogério Rosana Rosane Rosângela Rubinho o catálogo dos “erres” me dá a imagem da Minha Loira que curto antes de tudo como a muitos é dado saber, alguns apenas adivinham e outros acham que é demais, demais, demais é ela e este é o meu jeito de ver e assim continuarei sendo, pois é do meu caminho e minha vida. Abraços também para essa patota em que ressaltam alguns bons nomes meio turcos que irão se dizer libaneses ou afins, Salim Salamuni Sergio Sibele Smania Sonia Spada Stephanes Sylvano Teco Ubaldo Vânia Vitor Walmor Walter Widebiz Wilson, embora possam ter origem italiana e mesmo japonesa mas não ficaram no esquecimento que eu não deixaria acontecer, como não deixei os mais próximos, filhos noras genros e netos, Nem os grupos de discussão, porque um jeito de alcançar àqueles que não foram citados. E em assim sendo, sem promessas de me manter ausente, deixo a todos, presentes e ausentes, um abraço, os abraços de um Bom Natal e de uma entrada de Ano cheia de novas e muitas esperanças. Que tudo aconteça! Até.


Desculpem amigos, foi demais. Campeão do Mundo!


domingo, dezembro 10, 2006

Do País do Nunca Antes e do Mundo


Índios americanos: abonados por dólares de seus cassinos, 3.000 índios Seminoles compraram a rede do Hard Rock Café, 124 restaurantes, quatro hotéis, dois hotéis cassino, duas casas de show e a participação acionária em três hotéis, afora outras bagatelas que entraram de inhapa num negócio de 965 milhões de dólares.
Índios brasileiros: morrem de fome bêbados e pedintes à beira dos buracos das estradas, imaginando vender suas mal trançadas palhas de péssima qualidade, quando não vivem do tráfico de madeiras.
Índios da Daslu: devem 32 milhões por 18 meses de aluguéis atrasados da sede que todos pensávamos fosse dela, isto fora a conta de 500 milhões por sonegação.
Índios da família imperial brasileira: na pindaíba, venderam a pena de ouro de 18 quilates cravejada de 27 diamantes que a Isabel usou para assinar a Lei Áurea.


O Chavez acabou de nos prometer um ”crescimento vertiginoso”. O IDH da Venezuela é pior do que o do Brasil, que até já consegue a façanha de ser melhor do que o Haiti e cinco países da África Subsaariana.
O Lulla já tinha prometido o espetáculo do crescimento.

O pessoal do STF quer nos assaltar com um salário de 30 mil por mês, talvez por conta desse crescimento vertiginoso. Um professor em início de carreira ganha 560,00 pilas e um gari fatura 600,00 por mês. Uma faxineira em Sampa trabalha 5 horas e cobra 80 reais, um salário projetado de 1.600,00 reais por mês. Um médico do SUS ganha 1.400,00. No Canadá, professor recebe 10 mil dólares mensais. Para os controladores de vôo o Lulla abriu concurso oferecendo vencimento bruto de R$ 3.148,40.
A classe média acabou de saber que sua renda encolheu 46% em termos reais, descontada a inflação. Bom lembrar que 60% da carga do IR sobre pessoas físicas recai sobre a classe média.

Na Argentina a classe média vive em prosperidade.


Um processo no STF leva de 12 a 14 anos para ser julgado. Um assunto político, como a cláusula de barreira é bem mais rapidinho: 11 anos. O resultado variará conforme as negociações... O PT foi o autor da ação, em 1995, por se considerar prejudicado.

Contrate seu pizzaiolo preferido. Os melhores pizzaiolos estão em Brasília, mais de 500 para livre escolha. Eles estão em http://www.camara.gov.br/.




Escola Collor: a boa e velha poupança agora sofre ameaça de cobrança de IR, quando os depósitos forem superiores a R$ 30 mil ou R$ 50 mil.

sábado, dezembro 02, 2006

Fogo fátuo

Cyro Gomes, ex-ministro do Lulla que está virando deputado federal (PSB-CE), botou a boca no trombone criticando o desempenho econômico nacional, taxando-o de medíocre, o que todo mundo já sabe há horas, e esculhambando o achego com o PMDB - todos estamos cansados de saber que termina no primeiro "dois prá mim, um prá ti".... Curiosamente, ao querer explicar o Cyro, para o "cumpanheiro Tarso Genro", o que a gente chamaria de fogo amigo virou "fogo fraterno". O problema agora é descobrir a diferença entre fogo inimigo, fogo amigo ou fogo fraterno. Qual desses fogos queimará menos? Fogo é fogo, ou será tudo fogo fátuo? Sem sombra de dúvidas, PT é cultura. Ou quase.



Tem jabá nos chips?

Conversa vai, conversa vem, o Odone coloca na mesa a história dos chips para os automóveis. A pergunta que vai para o ar é: qui prodest? Ora, o que ainda ninguém contou é que, sendo a frota brasileira de mais ou menos 22,5 milhões de automóveis, a R$ 55,00 por carro, estão em jogo R$ 1.237.500.000,00 - isso mesmo, 1 bilhão, duzentos e trinta e sete milhões, quinhentos mil reais, numa continha barata de hoje. A decisão foi do Contran, que é do Denatran, que por sua vez é do Ministério das Cidades - o Contran tem gente da Defesa, Saúde, Educação, Meio Ambiente e Transportes. A sigla da decisão (como as que os governos inventam) diz um monte: SINIAV - Sistema de Identificação Automática de Veículos. Não explicaram quem vai fornecer os equipamentos de controle e os chips. Dá para desconfiar que pode ter jabá por aí. Se tiver, quero minha parte! Por falar em jabá, um deputado do PT (Ferro) está propondo a lei do jabá para cima do pessoal da latinha e da telinha, na "defesa" da cultura nativa. Ele poderia se interessar em tocar ferro (hehehe) preventivo considerando um eventual jabazinho dos chips...



Foeda facies



Pois me chegou o "abaixo-bocal" (já que nada foi assinado) da turma do café da 24, pela minha ausência. Entonces, saibam todos que este lerem que o Marcial cumpriu fielmente o mandato a ele dado, não tendo esquecido de transmitir, a plenos pulmões, manifestação alguma das invejas e aleivosias, a malícia do Nicanor, o desdém do Nonô ou o sorriso buenairense da bengala do Jorge. Anotei e devolvo, convidando a que saiam dessa promíscua planície chuvosa e passem a desfrutar o conforto de um Ambiente Civilizado. Ao Nica, alerto que materiais muito melhores tem passado, e tem presente, pelo Dell'Arte, o que o Marcial, sexta-feira, 1º/12, testemunhou e diante do Monumento inédito para o Beco Sem Saída ouviu: "prá essa, o tio mandava até um 13º". Venham, venham todos - o Rogério e o Cunha estão a meio caminho. Garanto a primeira rodada (de acordo com o não combinado ainda) por conta da casa, certo Mário?.
P.S. - Foedas facies fica como minha profunda indignação pelo insidioso falatório! (hehehehe)

Floripa entre as 10 mais



Mané da cêpa, o genro Rodrigo cumpre o dever de informar que a Newsweek colocou Floripa como uma das dez (justo a 10ª) cidades mais ativas do planeta Terra. "Bigger and better" é uma baita reportagem em favor da Ilha da Magia. Logo, não só a praia, o trabalho também faz bem.... Por falar em praia, alô Rogério! Espera, nós chegaremos sim... de novo!