quarta-feira, abril 04, 2007

A República dos Sargentos mixou, mas vem mais

Apenas criada, até com direito a mártir, Edileuzo Cavalcanti (sem perfil para João Candido, diga-se), a República dos Sargentos parece que mixou ligeirinho. Mas o fordúncio vai longe, por baixo dos panos e com novos complicadores, sargentada de prontidão, PFedereca ameaçando greve. Para os petelhos, o motim aviatório deve ter parecido uma revolução, motivo de vibração, não repararam na falta de ideologia e que a sargentada não foi além do prosaico “me dá um dinheiro aí” (ele só cai para os convidados para o baile – os acumpliciados para integrar a bancada governista, mensaleiros, “cuequeiros”, a gente de sempre, da patota, todos da Elite). O Valdir Pires, experiente, vivendo seu segundo 31 de março, vendo que as altas patentes sapatearam na mesa do Chefe talvez tenha, prudentemente, recomendado que ficassem na defesa, nada de ter idéias, como não tiveram, nem de blefar, como não blefaram, muito menos criar metáforas (que alívio!). Não seria legal um enfrentamento com o Saito – vira e mexe, a tevê o mostra com a mão na espada, Samurai travestido de Brigadeiro (ou seria o contrário?) -, ele tem a força! Tudo isso transpareceu bem pelas imagens da reunião do Conselho Político, das declarações de alguns dos babacas ao final dela, petelhos e aliados com cara de bostões, guris mijados

Voltamos à estaca zero, com o problema de sempre, não há governo. O País do Nunca Antes vive acéfalo, o que não é de todo mau – a China e a economia subterrânea nos levam à frente, logo é boa esta ausência de governo. O diabo é o reverso disso tudo, o tal de estreitamento de consciência, mal que não é só do Sobel, justifica tudo, todas as safadezas dos de lá de cima.
De fato, estamos à deriva, nos descobrindo uma Nação e um País
sem projetos – sem segurança, sem estradas, sem aviões, sem navios,
sem trens, sem previdência, sem saúde, sem crescimento e perspectivas.
Melhor acreditar em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, mulher semi-grávida, etc.

Olho o que ao estamos construindo e me lembro de análises que nos prometem um país igual aos melhores da Europa.... daqui a 60 anos! Pelo jeito, vai dar só para os bisnetos. Mas quem sabe com um pouquinho de Ética, Dignidade e Respeito.
Boa Páscoa a todos.