segunda-feira, outubro 19, 2015

A nova greve dos bancários

Vejo os bancários em sua greve anual, brigando por índices salariais que fazem inveja, exigem 16% de aumento e mais um alho qualquer como vale refeição, participação nos lucros, entre oiutros itens. A gente sabe que acabarão rendidos depois de 20 ou 30 dias de paralisação por algo aí ao redor de uns 7 a 8%. É o tom de sempre, muito gogó gasto em carros de som cansando os ouvidos da população com a sua briga particular.
Eles tentam, que é a tática cutista-petista, sensibilizar o cidadão comum que roda a bolsinha para garantir seu salário mínimo mensal a viver esse problema deles, os16%, muito além do tempo e inimagináveis para a maioria dos assalariados. E erram a mão na argumentação tola, jogando os lucros dos bancos - como no caso da faixa que eu fotografei numa agência Itaú - como se esse fosse uma questão a ser julgada por alguém. Esquecem de dizer que eles tambám ganharam, de várias formas, os seus trocos, contribuindo para os resultados do banco, talvez nem tão espetaculares quanto possam parecer.
O quanto ganha o banco é problema do banco, é o retorno que a empresa, uma instituição de crédito capitalista, busca para retribuir ao capital empregado, próprio e de terceiros. Para nós, usu[arios do sistema, importa sim os custos que nos cobram, mas aí é outra coisa.
O problema dos bancários é diferente, vai se desenhando pela extinção da profissão, como conhecida hoje, poucos postos desses tradicionais restarão, viva o Bankline e o Caixa Eletrônico! Quantos estarão aptos a desempenhar funções no "novo banco"?

















Na onda da sua guerra  e preocupação em jogar a população contra os bancos por assuntos que não são da população, os sindicatos bancários também criaram outra inversão: os bancos colocam a "vida em risco" - não esclarecem de quem. Os assaltos a bancos são velhos conhecidos nossos, renderam muitos filmes e seguirão acontecendo enquanto o Estado não assumir políticas de resgate de cidadania e proteção do cidadão. Sem falar em atuação mais efetiva na prisão dos terroristas que demolem caixas eletrônicos e na identificação e prisão rápida da bandidagem. 
Enquanto isso, as ruas da cidade ficam vazias, o dinheiro se torna mais limitado, os bancários podem ir à praia enquanto nós trabalhamos...