sábado, julho 21, 2007

REQUIEM AETERNAM







Dá-lhes, Senhor, o eterno descanso,
e a luz perpétua resplandeça sobre eles.
(Missa dos Mortos)




Dai-nos forças, Senhor,
para aceitar com serenidade
tudo o que não possa ser mudado.
Dai-nos coragem
para mudar o que pode
e deve ser mudado.
E dai-nos sabedoria
para distinguir
uma coisa da outra.
(Oração da Serenidade, atribuída ao Almirante Hart)

sábado, julho 14, 2007

VAIAR, QUE VAIAR É BOM



A "inteligentzia" lulopetista está diante de uma dúvida nunca antes imaginada: é patriótico vaiar um Presidente da República? O dilema consumirá o povo petista por longo tempo, e nunca esse povo entenderpa que a vaia é democrática e vaiar o Presidente pode, sim. Alás, foi por longo período uma especialidade do sangue da raça petista. Jogar tomates ou ovos podres, bem isso aí é descambar para a agressão.
A vaia é uma expressão democrática de descotentamento e inconformidade. Protesto espontâneo que lava a alma e faz bem à saúde, de quem vaia. Pelo que, lamentavelmente, as vaias no Maracanã podem ter sido poucas, na noite desse dia 13, mesmo que indo direto aos fígados dos escolhidos. Talvez ouçamos, breve, num discurso no âmbito da panelinha, uma metáfora reconfortante, para ele e os seus.O povo no Maraca não apenas encontrou o momento possível de um recado a Lula, repetido seis vezes, como ainda condenou as posições calhordas e flácidas do seu governo ante os companheiros e amigos do peito, Chavez, Morales e Bush.
Políticos não deveriam ir aonde está o povo. João Figueiredo, o penúltimo ditador brasileiro (penúltimo, sim,... do último ainda poderemos ter que nos livrar) sabia disso e evitava povo. Saiu do Planalto pela porta dos fundos, de fininho.
Vaias neles todos.
A propósito do desconforto (?) dos vaiados, um lembrete (de Jose Martí), ao acaso:
"Hay hombres que viven contentos aunque vivan sin decoro. Hay otros que padecen como en agonía cuando ven que los hombres sin decoro a su alrededor. En el mundo ha de haber cierta cantidad de decoro, como ha de haber cierta cantidad de luz. Quando hay muchos hombres sin decoro, hay siempre otros que tienen en si el decoro de muchos hombres".

A AMÉRICA NÃO É MAIS A MESMA


O Presidente do COB, Carlos Nuzman, no discurso de abertura do Pan disse que "O Rio se transforma, de fato e de direito, na cidade olímpica do Brasil e da América Latina". Como os jogos são Panamericanos, portanto incluem os países da América do Norte, EUA e Canadá, ficou a impressão de que o sujeito e o seu COB estão atrapalhados com o mapa das Américas, que ainda não encolheu. Ou não sabem o que é pan-americanismo, o que valeria uma consulta ao Houaiss: referente a ou próprio de todos os países das Américas.

Vaia para o Nuzman e o COB.



NOITE DE HORROR


A interpretação que arranjaram do Hino Nacional para a Elza Soares abrir os Jogos carregou um bocado de mau gosto. Qualquer bandinha municipal meia-boca teria sido melhor. Nessa de imitar o jeito gringo de interpretar o hino deles, só conseguiram que Elza desse uma surra no “Ouviramdum”, e ela própria saísse feia na foto. De resto foi uma festa sugeriu da criativice em detrimento da criatividade, muito ao estilo do que acontece na vida nacional. Fosse enredo do desfile de uma escola de samba, esta não ganharia o Carnaval. Não se desmereçam alguns momentos bons da noite, claro. Até onde pareceu, o único aplauso irrestrito deve ter sido O do Galvão Bueno (arre! 15 dias com o homem na telinha!).... e isto não surpreende.

Vaia pra eles todos.


OS NOVOS HERÓIS DO STÉDILE

Zapeando cai na TV Educativa do Paraná, também na noite do dia 13, vi a transmissão de uma "coisa", coisa mesmo, a “Chamada Geral pela Integração Latino-Americana” - Fórum Social do Mercosul. E lá estava o Stédile puxando o saco do Requião, seu novo ídolo, herói secreto, gloriado pelo líder do MST ao lhe atribuir um exílio político que não aparece na biografia do ansioso governador. Já o tal Fórum, esse parece ser da plataforma de campanha do RR a Presidente do Mercosul... com o que a noite de invenções ficou completa. Por sinal, o sem (?) terra está “vendendo” Jose Martí como seu inspirador, embora pareça que não tenha aprendido tudo que o herói cubano escreveu:

"Adivinar es un deber de los que pretenden dirigir.
Para ir delante de los demás se necesita ver más que ellos".


Como se constata, cegos estão excluídos.


Vaias para Stédile e seu novo ídolo.